sexta-feira, 15 de abril de 2011

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Na dificuldade nascem pessoas fortes.

Sempre batalhei muito na vida,a começar pra nascer:Minha mãe com artrite reumatóide,tomando remédios fortíssimos e com uma gravidez fadada ao fracasso..Contrariando o que seria regra,"sobrevivi" e nasci(parecendo uma ratinha com 2.300kg mas nasci).Desde pequena aprendi a me virar sozinha,tinha a consciência de que poderia dar o mínimo de trabalho pra minha mãe e assim,tentar amenizar um pouco as dores constantes.
Com 7 anos tive que ficar longe dela uns 2 meses pra em Ribeirão fazer as cirurgias pra colocar próteses nos joelhos.Engraçado que sempre tivemos pessoas abençoadas por perto,o médico dela,Dr.Maurício Kfouri,um amor de pessoa que entendia o meu medo de perder a minha mãe,me acalmava e me mandava cartinhas dizendo que ia dar tudo certo.E deu,pronto..tinha minha mãe de volta pra perto de mim.
Professora de escola pública ela resolveu prestar o Concurso pra Diretor de Ensino e passou..mas aí entrava em mais um ponto difícil na nossa vida! Só tinha cargo na Grande São Paulo e mais precisamente em Diadema justo onde a violência assustava..Eis que então com 10 anos me vi morando só com o meu Vô e tendo que cozinhar nos fds que ela não ia pra Barretos,e estes demoraaavam a passar,virava dia e noite assistindo tv e chorando de saudades.Tinha acabado de entrar na 5 série,minhas notas despencaram,quando ela tava em casa não conseguia assistir aulas na segunda por conta de cólicas insuportáveis e de razões desconhecidas.
Depois de meio ano nesse sofrimento,surgiu uma substituição na Escola Antônio Olympio,que veio a calhar e muito..tinha a minha mãe perto de mim sempre! Após 2 anos de "Tonhão" 1 de Colina e 4 de Bebedouro..vida difícil a dela e consequentemente a minha que volto a repetir,aprendi a me virar sozinha.
Chegou a época que o meu Vô enfraqueceu,não reconhecia ninguém,não se movimentava e o pavor tomou conta,o medo de perder quem eu amo e a fé de que ele iria melhorar.E não é que a fé move montanhas mesmo? Pra quem não conseguia ficar sentado na cama sozinho ele voltou ao que era antes..
Aí então diria que entrei nas lições mais importante da minha vida,a de me colocar no lugar dos outros,de dar valor nas coisas pequenas da vida.Cuidar do meu Vô e da minha Mãe ao contrário do que muita gente pensa não é um fardo pra mim..ao contrário,é um prazer e satisfação poder ser bem mais que útil pras duas pessoas mais importantes da minha vida.Claro que ás vezes cansa,não poder sair no sábado ou domingo a tarde pra tomar sol com as amigas ou ir no shopping sem se preocupar em voltar pra casa num determinado horário pra dar banho no Vô mas são responsabilidades da vida..agradeço á Deus por ter me dado essa e pelas lições e aprendizados que venho tendo.
Agora tenho uma "equipe" me ajudando a concretizar meu sonho,a Cá que tem uns 13 anos de empregada em casa,o Paulo que é enfermeiro e dorme com meu Vô,a Cínthia nos fds e na folga do Paulo e a Marinete no horário da manhã enquanto a Cá não chega e a noite na espera do Paulo. Pessoas abençoadas é o que Deus mais tem colocado em minha vida,aqui em SP tenho meu pai e a Sô que são meu porto-seguro na cidade quase desconhecida.
A distância machuca ás vezes,dá vontade de sair correndo e voltar pra Barretos mas sou forte,vou aguentar a consequência do meu sonho e não decepcionarei aqueles que amo.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Comecei a arrumar minhas malas e percebi o taaaaaanto de coisas que a gente usa e precisa pra sobreviver.
Short,calça,blusa,soutien,calcinha,meia,xuxinha de cabelo,grampo,presilhas,spray fixador,anel,colar,brincos,perfumes,desodorantes,remédios,cremes,esfoliante corporal e facial,pó compacto,pancake,sombras,bases,primer,lápis,delineador,blus,pincéis,sapatilha,sandálias,tênis,rasteirinha,chinelo,celular,carregador,caneta,lápis,caderninho de anotação,ipod..
ai quanta coisa! Parece que eu tô arrumando as coisas faz um mês e nunca acabaaaaaaaaaaa
Minha bagunça organizada tá desorganizadéérrima..tô até com medo de guardar na mala e não achar nunca maissss hahaha

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

MUNDO NOVO.

Sair da zona de conforto é mais difícil do que se possa imaginar,saber onde está as coisas,o que ocorre para alcançá-las,qual o risco para se chegar no objeto conquistado;tudo isso gera uma grande satisfação.O fato de ter uma "bagunça organizada" acarreta pessoas mais confiantes em si próprios afinal tudo está aqui,na frente dos meus olhos..só bastar procurar.
Pensar que não vou saber onde estão essas coisas me deixa confusa.A diferença de tamanho entre Barretos e São Paulo é grande,não há como negar..me ver perdida no meio de tanta gente,pegando ônibus,metrô,táxi,andar na rua sem conhecer ninguém...ai meu Deus!
Faculdade,cidade,trote,estágio..tudo não tão novo assim mas mto complexo pra minha cabeça.
Tudo que é novo assusta,causa medo,pavor..é o que eu sinto desde novembro.O medo de deixar minha mãe e Vô em casa,chegar na minha futura casa e não encontrá-los,morar com meu pai e madrasta,tudo muito "novo" para ambas as partes.
Nossos sonhos muitas vezes nos levam a certos prejuízos,ficar longe de quem se ama é um deles..No meu caso,o sonho de ser jornalista me empurra pra cidade grande,pra sede de não apenas ter o diploma mas sim fazer algo pra sociedade com a minha profissão..não quero ser uma simples colunista do jornal da minha cidade,quero mais que isso..não preciso do reconhecimento do país inteiro,o da minha família já basta! Só de ouvir meu Vô dizendo que eu tenho que ir estudar,se não for ele fica chateado meu coração já salta a mil..alguém que não teve a oportunidade nem de terminar o ensino primário e incentiva tanto a educação,casado com professora e tendo três filhas que trabalham no campo educacional..ele sabe o valor do estudo e sabe do meu sonho.
A fase de não querer ir já passou..agora eu quero mais que dia 10 chegue logo,quero ver,dar a cara a tapa,tentar o máximo para atingir o meu objetivo.A distância vai me maltratar,sou ciente disso..alguém apegada a duas pessoinhas lindas sofre mas quem não sofre?! Volto a dizer que o novo assusta..tudo que é novo assusta(menos a paixão,que quanto mais nova melhor é) mas preciso correr o risco.
O que mais me prende em Barretos é o que mais me empurra pra São Paulo..meu maior e melhor amor,meu Vô,é por ele hoje que eu tenho coragem de largar tudo e correr atrás do que quero.E quero tudo,quero agora..não aguento esperar,sou anciosa,medrosa e ao mesmo tempo corajosa.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Encanto e Magia

Quando pequena sempre acreditei no Papai Noel,era ele quem fabricava meu presente e fazia questão de me entregar na noite do dia 24.
Passados alguns anos comecei a reparar que ele familiar mas não identificava quem,ficava nos chutes que passam longe de acertar.O meu amigo da roupa vermelha era muito profissional,não comia,me perguntava se eu tinha sido boa aluna,se tinha obedecido meus pais e por aí vai..

Na última vez que ele me visitou sem que eu soubesse o real motivo da magia,veio um Papai Noel diferente..mais divertido,comilão e encalorado.
Enfim,descobri quem seria o meu amigo escondido..MEU PAI.
A partir daí começou a outra parte do meu encanto pelo Natal:a solidariedade presente no Papai Noel.Há muitos anos meu pai compra balas pra distribuir nos bairros carentes no dia 25 a tarde,pequenos gestos que mudam o dia de pessoas que não tinham mais a esperança de ganhar um singelo presente.
Seja qual for a idade,a raça,a crença,o gênio...é raro achar alguém que resista aos encantos do bom velinho.Dar tchau,buzinar,gritar Feliz Natal ou até mesmo o rótulo do HO HO HO.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Recomeço e Construção.

   Depois que o Scottinho partiu,eu procurei por um outro cachorro..não que houvesse como substituir um amor pelo outro mas no mínimo acalmar a falta que o primeiro fazia.
Como era véspera de Festa do Peão resolvi esperar até setembro pra resolver tudo com certeza,já que na festa eu trabalho na Assessoria de Imprensa e na correria que é não ia deixar o cachorrinho pra minha mãe olhar.
A festa terminou dia 29,no outro dia eu liguei em vários lugares atrás de algum cachorro e no dia 31 comprei o Theo.
Aí começa a outra parte do texto:a construção de um amor.
Quando ele chegou já foi se aproximando de mansinho,me seguindo toda hora,mordendo um pouquinho cada um.
Com 3 meses ele já era beem espertinho,não tão arteiro quanto o Scott.
Diz minha mãe que o Theo convive tanto comigo que pegou minha mania de emburrar quando dá bronca haha
Pouco a pouco ele foi se acostumando com os novos donos e demonstrando um carinho tããão grande que não me deixa ficar triste ou quando eu fico,lá vem ele tentando pular na cama e lambendo.

Hoje ele chora se vc fecha a porta do quarto querendo ficar sozinha,não me deixa queta um segundo,adora morder,lamber..mas esse é um amor verdadeiro que não pede nada em troca,pode dar broncas que quando vc chega ele tá com rabinho balançando te esperando.


A perda é inevitável,"bom" pra quem consegue não se apegar tanto..pra mim não,sou impulsiva,quando amo é pra valer,não existe amar pela metade..posso sofrer novamente com outra perda mas os momentos ficaram guardados. E quantas perdas serão inevitáveis em nossas vidas? Se não for se apegar por medo de perder,as coisas simples perdem a graça.

sábado, 16 de outubro de 2010

Amor maior.


Não existe amor maior do que eu sinto pelo meu Avô. Ele pode ter todos os defeitos do mundo,ser teimoso até falar chega,brigar comigo todo santo dia..mas quem disse que eu aguento ficar longe dele? A gente briga e não dá conta de ficar longe..é meu anjo protetor todos os dias,quem eu olho e fico forte pra correr atrás dos meus sonhos,mesmo que pra isso eu tenha que ficar longe da pessoa que eu mais amo!

Meu lindo fez 77 anos dia 22(uma semana antes do meu) e como todo ano,preparei tudo bonitinho pra ele,até vela de bola e brigadeiro com as cores do SPFC..o eterno jogador de futebol é viciado nesse time hahaha 

Só de pensar que ano que vem as coisas vão mudar,não vou poder ver meu amor toda hora meu coração já aperta..Perfeito seria se por um descuido Deus te fizesse imortal..te amo muito Vô!

"Meu avô não era ninguém mas nunca houve ninguém como ele" Arnaldo Jabour